Humberto Firmo - Calango do Cerrado
18 de jul. de 2010
4 de jul. de 2010
Esse barulho de água que me corre por dentro
vem lá do corguinho.
o corguinho que um dia passou por mim
quando eu ainda era menino.
esse barulho de chuva
que chove por dentro,
encharcando meus ossos, meus vazos,
é a mesma chuva, ainda é a mesma chuva,
de quando eu brincava na rua em pleno temporal.
esse assobio que ouço
e que ainda chega aos meus ouvidos,
enchendo meus olhos e cabelos de poeira,
é o mesmo assobio dos ventos e dos redemoinhos
que costumavam vir brincar comigo em algum setembro.
esse queimado de sol que ainda carrego
esturricado aos ombros,
de tanto ficar o dia com o dia todo,
ainda é o mesmo que me levava ao corguinho me refrescar
e sentir as águas por dentro de mim.
que vida é essa que me acompanha, até hoje, sem me matar?
o corguinho que um dia passou por mim
quando eu ainda era menino.
esse barulho de chuva
que chove por dentro,
encharcando meus ossos, meus vazos,
é a mesma chuva, ainda é a mesma chuva,
de quando eu brincava na rua em pleno temporal.
esse assobio que ouço
e que ainda chega aos meus ouvidos,
enchendo meus olhos e cabelos de poeira,
é o mesmo assobio dos ventos e dos redemoinhos
que costumavam vir brincar comigo em algum setembro.
esse queimado de sol que ainda carrego
esturricado aos ombros,
de tanto ficar o dia com o dia todo,
ainda é o mesmo que me levava ao corguinho me refrescar
e sentir as águas por dentro de mim.
que vida é essa que me acompanha, até hoje, sem me matar?
Humberto Firmo
Que Loucura - Sergio Sampaio
Que Loucura
Sérgio Sampaio
Fui internado ontem
Na cabine cento e três
Do hospício do Engenho de Dentro
Só comigo tinham dez
Estou doente do peito
Eu tô doente do coração
A minha cama já virou leito
Disseram que eu perdi a razão
Tô maluco da idéia
Guiando carro na contramão
Saí do palco e fui pra platéia
Saí da sala e fui pro porão
Na cabine cento e três
Do hospício do Engenho de Dentro
Só comigo tinham dez
Estou doente do peito
Eu tô doente do coração
A minha cama já virou leito
Disseram que eu perdi a razão
Tô maluco da idéia
Guiando carro na contramão
Saí do palco e fui pra platéia
Saí da sala e fui pro porão
Zé da Luz - Poeta Paraibano
Ai! Se sêsse!...
Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dos se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?...
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!
Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dos se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?...
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!
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