Humberto Firmo - Calango do Cerrado
22 de jul. de 2008
Isento
Isento está o sol
no aparecer da noite
Isento está o amigo
quando lembrado à distância
Isentam-se os pratos
na boca do faminto
isentam-se as mãos
ao tombo do desesperado.
A cada imposto
isenta está a renda
ao repartir o bolo
ausentam-se os pedaços
Nada nos chega ao paladar
dizem os excluídos
Na distribuição dos grãos
nos falta algo na panela
Isenta está a chuva
no amanhecer do agreste
Isentas estão as letras
no adormecer do analfabeto
Ausenta-se o ponto
quando tudo deve continuar.
Isento está o sol
no aparecer da noite
Isento está o amigo
quando lembrado à distância
Isentam-se os pratos
na boca do faminto
isentam-se as mãos
ao tombo do desesperado.
A cada imposto
isenta está a renda
ao repartir o bolo
ausentam-se os pedaços
Nada nos chega ao paladar
dizem os excluídos
Na distribuição dos grãos
nos falta algo na panela
Isenta está a chuva
no amanhecer do agreste
Isentas estão as letras
no adormecer do analfabeto
Ausenta-se o ponto
quando tudo deve continuar.
21 de jul. de 2008
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